As novas necessidades no mundo corporativo têm gerado grandes transformações nas organizações e, consequentemente, nas lideranças.
Embora ainda haja um grande caminho a ser percorrido, a flexibilização dos modelos de trabalho, a responsabilidade com o meio ambiente, com a saúde mental e a ressignificação da relação contratante-contratado têm feito gestores e profissionais de todos os setores buscarem aprimoramento, tanto pessoal quanto profissional.
A agenda global tem formado líderes mais sensíveis e conscientes em relação às pautas da sociedade, como o compromisso ESG, que prega a importância da aplicação de métodos de proteção ao meio ambiente, de melhoria na relação com os colaboradores, transparência nos processos, entre outros temas.
Podemos dizer que a pandemia foi responsável por despertar esse olhar sobre o mundo dos negócios, pois é notável a mudança nos escritórios, na gestão, no comportamento social e nas necessidades profissionais.
Empresas em todo o mundo – obrigadas ou não – passaram a olhar de forma diferente para o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, a qualidade em todos os aspectos.
Exemplos dessa mudança são o trabalho remoto – também chamado de home office, o híbrido e até a implementação da flexibilização e a redução da jornada de trabalho, com a semana de quatro dias.
Tudo isso está conectado com a propagação de uma cultura organizacional de confiança, capaz de gerar ciclos de prosperidade a partir da transparência no relacionamento com os colaboradores, investidores e com todo o público que interage com a organização.
Mas, como disse anteriormente, ainda há um longo caminho a ser percorrido. E os líderes serão os grandes responsáveis por concretizar o processo de evolução das relações de trabalho.
Quando passarem a entender, de fato, que os colaboradores são pessoas – com prioridades, sentimentos e falhas -, ninguém mais trabalhará de forma robotizada, pautado no vício de conseguir apenas resultados exponenciais e, muito menos, no tripé “exploração da mão de obra, lucro sobre o cliente e abuso do fornecedor”, que por anos e anos foi o motivo de existência de um negócio.
O mercado exige, para ontem, líderes e condutas mais flexíveis. Isso é reflexo de uma geração de trabalhadores mais conscientes, que apoiam causas e procuram empresas que adotam medidas afirmativas em setores como o ambiental e o social, em temas relacionados à diversidade e à responsabilidade com a saúde física e mental.
Estar conectado com a agenda social é mais do que fazer belos textos e normativas internas.
É preciso reestruturar o modelo de negócio e colocar em prática os discursos adotados.
Fonte: RH Para Você / Luiz França